Localizado no bairro de Sants, foi criado especialmente para a Exposição Internacional de 1929, altura em que se construíram o Palau Nacional e o moderno Pavelló Mies van der Rohe.
Com a sombra medonha do castelo, que durante anos serviu como prisão política, foi quase um milagre conseguir transformar Montjuïc numa das atracções turísticas mais atractivas de Barcelona.
Enquanto zona central das Olimpíadas de 1992, Montjuïc foi transformado num belo oásis verde, recebendo dois fabulosos museus de arte e instalações desportivas. Todos os edifícios estão interligados por uma rede de escadas rolantes e calmos jardins que oferecem esplêndidas vistas sobre Barcelona. É um dos locais mais aprazíveis para descansar do bulício da cidade!
Primeira paragem: Fundación Joan Miró. Este soberbo tributo a um homem cujo legado como artista e catalão é visível por toda a cidade foi fundado em 1975 e instalado num edifício concebido pelo seu amigo arquitecto Josep Lluís Sert. A colecção Miró, que contém mais de 11000 pinturas, estudos e esculturas do artista, foi recentemente aumentada com 25 obras.Depois deste passeio pela arte contemporânea, subimos no teleférico ao Castell de Montjuïc, cuja construção foi iniciada em 1640. Com o tempo, este transformou-se num símbolo de terror, pois funcionou como prisão e centro de tortura para presos políticos. Hoje é o Museo del Cómic y la Ilustración, sobre a história da banda desenhada espanhola. As vistas sobre o porto e a cidade são fantásticas e os jardins encantadores!
Seguimos para o Palau Nacional, de estilo neobarroco, que alberga o Museu Nacional d'Art de Catalunya. O MNAC, que expões colecções de arte histórica catalã, é considerado um dos melhores do mundo em arte românica, com galerias de frescos do séc. XII provenientes de igrejas dos Pirenéus.
Próxima paragem: Estadi Olímpic. Foi construído para as Olimpíadas Operárias de 1936, que foram canceladas com a deflagação da Guerra Civil Espanhola. Ainda se vê a fachada original, embora tenha sido reconstruído para os Jogos Olímpicos de 1992. A Galeria Olímpica guarda recordações dos jogos de Barcelona e é aqui que está sediada a equipa de futebol Espanyol.
Mas o Palau Sant Jordi, com a sua cúpula prateada, ofusca todas as outras estruturas. Este estádio coberto de aço e vidro é a vedeta das instalações olímpicas, tendo sido projectado pelo arquitecto japonês Arata Isozaki. Com capacidade para cerca de 17000 pessoas, é a sede da equipa de basquetebol de Barcelona. Perto, em Bernat Picornell, refresque-se com um mergulho nas piscinas olímpicas, abertas ao público. Também pode usufruir da esplanada, uma floresta surrealista de cimento e colunas metálicas, que foi criada por Aiko Isozaki, mulher de Arata.
Daqui seguimos para o Poble Espanyol. Este poble (aldeia) espanhol é uma reconstituição em miniatura de vários edifícios e ruas famosos de toda a Espanha. Embora um pouco desleixada, a aldeia acabou por se tornar um centro de artes e ofícios, incluindo uma oficina de produção vidreira. Tem muitos restaurantes, cafés e alguns clubes nocturnos bastante frequentados.
Por fim, não deixe de terminar esta viagem sem passar pela Font Màgica e disfrutar dum momento verdadeiramente mágico!
Na base das cascatas e fontes que descem do Palau Nacional vê-se a Fonte Mágica, concebida por Carles Buigas para a Exposição Internacional de 1929.
Quando começa a escurecer, os inúmeros jactos de água transformam-se num espectáculo de luz, som e movimento. Quando a água forma um único jacto, chega a elevar-se aos 15m de altura.
O extravagante final é muitas vezes acompanhado por uma gravação de Freddie Mercury e Montserrat Caballé cantando Barcelona, enquanto a fonte passa do cor-de-rosa ao verde, ao branco, antes de silenciosa e graciosamente desaparecer na escuridão. É caso para dizer: uma imagem vale mais que mil palavras! Don't leave Barcelona without seeing it!
Sem comentários:
Enviar um comentário