domingo, maio 02, 2010

Barri Gòtic e La Ribera

Vamos explorar uma das zonas que circunda a famosa La Rambla: Barri Gòtic e La Ribera.
Actualmente um bem conservado conjunto de edifícios góticos, praças medievais e ruas características, Barri Gòtic é uma excelente recordação da Barcelona medieval.

A maior atracção - e centro social e religioso do bairro - é a Catedral, construída em 1298.

Perto, fica a Plaça del Rei circundada por alguns edifícios medievais.


Para leste do Barri Gòtic, fica o velho bairro de La Ribera, com o El Born.

É aí que se encontra a encantadora Carrer Montcada, ladeada de palácios medievais, cinco dos quais abrigam as exposições do Museu Picasso. Desde os primeiros esboços e retratos de família até uma selecção de obras dos períodos azul e rosa, este museu oferece ao visitante uma oportunidade única de descobrir o mais aclamado artista do século XX: Pablo Picasso.

Também perto da Catedral, fica a Plaça de Sant Jaume, onde se encontram os dois mais importantes edifícios públicos da Região: o Palau de la Generalitat (sede do Governo Catalão) e o Ajuntament (Câmara Municipal). Aprecie os detalhados relevos de Sant Jordi, santo padroeiro da Catalunha, na fachada do século XV da Generalitat. No interior encontra-se a bela Capella de Sant Jordi, projectada pelo arquitecto Marc Safont. No Ajuntament, em estilo gótico, destaca-se o Saló de Cent, vermelho e dourado, de onde o Conselho dos Cem governou a cidade entre 1372 a 1714. Na altura das festas em honra de La Mercè, há muita animação nesta praça, não só de dia com os desfiles de gegants, mas também à noite com projecções de imagens nas fachadas destes edifícios.

Um pouco mais perto das Ramblas fica a Plaça Reial, umas das mais emblemáticas de Barcelona. A praça está ornamentada com palmeiras e envolvida por edifícios do século XIX. Os lampiões modernistas foram criados pelo jovem Gaudí em 1879. No centro da praça pode ver-se uma fonte de ferro forjado representado as Três Graças. Este é o melhor local para iniciar uma noitada, repleto de restaurantes, bares e cafés que atraem todo o tipo de foliões, incluindo atrevidos carteiristas.

Mas há muito mais para descobrir nesta zona para lá dos pontos turísticos, nada melhor do que vaguear por aquelas ruas antigas e repletas de tesouros, sem destino.

domingo, abril 18, 2010

Palau de la Música Catalana

O movimento modernista de Barcelona atingiu o auge com esta magnífica sala de concertos (1905-1908), criação do famoso arquitecto Lluís Domènech i Montaner. A fachada trabalhada, cercada de colunas com mosaicos e arcos de tijolo, sugere o que nos espera no interior. O "jardim da música", como Domènech lhe chamava, estende-se para lá das portas da frente, com cada superfície do foyer decorada com motivos florais. A sala de concertos é um hino à luz e às formas naturais, com vitrais e clarabóias iluminadas pela luz solar.

São muitos os aspectos a salientar...

Tecto de Vitrais: coroando a sala de concertos, há uma enorme abóbada invertida de vitrais, rodeada por 40 anjos. Durante o dia, a luz atravessa os vitrais vermelhos e alaranjados, inundado a sala de luz.

Palco: o palco principal é um foco de actividade - mesmo sem espectáculo. Dezoito musas de mosaico e argila saltam do fundo a tocar harpa e castanholas.

Vitrais das Janelas: para marcar uma fronteira pouco definida entre o interior e o exterior, Domènech envolveu a sala de concertos com janelas de magníficos vitrais por onde entra a luz do Sol.

Fachada: a alta fachada revela múltiplas jóias modernistas. Um dos mosaicos representa a sociedade coral do Orfeó Catalá, fundada em 1891.

Bustos: um busto do compositor catalão Anselm Clavé atesta a ligação do Palau à música catalã. Do lado oposto da sala há um outro busto de Beethoven, que representa o repertório clássico e internacional da instituição.

Esculturas Equestres: do tecto precipitam-se cavalos alados (do arquitecto Eusebi Arnau), imprimindo movimento e vida à sala de concertos. Também se pode ver o carro das Valquírias, puxado por cavalos que saltam em direcção ao palco.

Sala de Música de Câmara: concebida como espaço para ensaios, esta sala é uma versão reduzida da ampla sala de concertos situada no andar superior. Ao centro, tem uma pedra comemorativa da construção do Palau.


Sala de Lluís Millet: baptizado com o nome do compositor catalão Lluís Millet, este salão exibe belos vitrais nas janelas. Na principal varanda exterior há séries de colunas revestidas de mosaicos.

Foyer e Bar: os arquitectos modernistas apreciavam cerâmica, pedra, madeira, mármore e vidro, materiais que Domènech utilizou amplamente nestas duas salas.

Estas são as maiores atracções deste "jardim da música" que, por ano, recebe mais de 300 concertos e bailados. Qualquer um deles é uma experiência a não perder!

domingo, abril 11, 2010

Barcelona em festa!


Vitória do Barça sobre o Real Madrid por 2 a 0, no Estádio Santiago Bernabéu, coloca a equipa catalã em vantagem no campeonato espanhol.
O número 10 continua a brilhar!

sexta-feira, abril 02, 2010

Gràcia & Tibidabo

A viagem de hoje vai levar-nos a explorar a vasta zona norte da cidade: Gràcia e Tibidado.


Desde os bairros abastados de Pedralbes e Tibidabo até à boémia Gràcia, toda esta zona proporciona excelentes vistas sobre a cidade e as suas principais atracções.
No entanto, o que realmente distingue esta zona do resto da cidade são os seus 15 parques, de entre os quais se destacam o soberbo Parc Güell (falado anteriormente no roteiro Gaudí) e o colossal Parc de Collserola, sobre o monte Tibidabo.
Gràcia destaca-se como a zona mais cosmopolita da cidade. Com tradições de activismo político e uma comunidade cigana, atrai muitos artistas e escritores para o seu labirinto de ruas, onde abundam lojas, bares e praças fervilhantes de vida nocturna.

A primeira paragem é dedicada aos fãs de futebol: Camp Nou Stadium, com capacidade para 120.000 espectadores. O Museu del FC Barcelona, o mais visitado da cidade, é um ponto de paragem obrigatório para os amantes deste desporto. Com recordações futebolísticas de toda a espécie, é um excelente manancial de informações sobre a história do clube. Também são expostas obra oferecidas por alguns dos melhores artistas da Catalunha.

Seguimos para o bairro de Pedralbes, com paragem no Palau Reial de Pedralbes, a antiga residência principal do conde Eusebi Güell. Foi doado à família real espanhola em 1919 e está aberto ao público desde 1937. Actualmente, este majestoso palácio abriga o Museu de Ceràmica e o Museu de les Arts Decoratives. O primeiro exibe uma bela colecção de cerâmicas catalãs e mouriscas, incluindo algumas obras de Miró e Picasso; o segundo tem mobiliário de várias épocas e artesanato que abrange desde a Idade Média até ao presente. Nos magníficos jardins pode ainda admirar-se uma fonte de Gaudí.

Ainda no bairro, um pouco mais a norte, encontramos o Monestir de Pedralbes. O nome deste mosteiro deriva do latim petras albas, que significa "pedras brancas". Construído em estilo gótico, foi fundado pela rainha Elisenda de Montcada de Piños nos inícios do século XIV. O túmulo desta, em alabastro, está na parede entre a igreja e o impressionante claustro gótico com três níveis. As cozinhas, as celas, a enfermaria e o refeitório, todos bem preservados dão-nos uma boa ideia da vida medieval.


Próxima paragem: Tibidabo, umas das zonas mais bonitas para apreciar a cidade de Barcelona!


Dos principais pontos turísticos, destacam-se a Torre de Collserola, da autoria do arquitecto Norman Foster, elevando-se a 560m acima do nível do mar, onde se pode subir ao miradouro num elevador panorâmico exterior. Nos dias mais claros podem ver-se Montserrat e os Pirenéus.


Outro dos pontos turísticos é o Parc d'Atracciones del Tibidabo. Para chegar ao cume do monte de Tibidabo (517m) e visitar o seu tradicional parque de diversões inaugurado em 1908, pode subir-se no centenário funicular. Embora haja estonteantes diversões radicais, as verdadeiras atracções são as mais antigas, como o bem conservado carrossel e a roda gigante. Também merece visita o Museu dels Autòmates, com autómatos, modelos mecânicos e um modelo do parque em escala reduzida.


E, claro, nao poderia deixar de mencionar a maravilhosa vista que este parque nos proporciona sobre a cidade de Barcelona, talvez mesmo umas das melhores zonas panorâmicas!

domingo, março 28, 2010

Um manto branco!

Entre Fevereiro e Março, era assim que se encontrava esta cidade, coberta de branco...








domingo, março 21, 2010

Port Vell & Barceloneta

Uma das principais atracções desta zona são as praias: Playa Sant Sebastià e Playa Barceloneta, a mais conhecida!

Mas Port Vell e Barceloneta têm muito mais para explorar...

Primeiro: Port Vell, situado no final das Ramblas. Para começar a viagem ao porto, vamos ao Museu Marítim, onde iremos perceber a razão da importância de Barcelona como um dos portos mais movimentados do Mediterrâneo. Daqui seguimos para o Monument a Colom, de que eu já tinha falado no segundo post deste blog e vamos ao Moll de la Fusta para ver o Paleibot Santa Eulália, que foi cuidadosamente restaurado pelo museo.



Continuamos a descer até à Rambla de Mar, um ondulante passadiço de madeira ao largo da Marina, que leva ao Maremàgnum, um centro comercial com muitas lojas, restaurantes e bares. Perto, o cinema IMAX passa filmes 3D em ecrãs gigantes. Ainda perto, L'Aquàrium, o maior aquário da Europa, onde poderá contemplar a fauna marinha do Mediterrâneo no seu habitat natural. A maior atracção é o túnel submarino de 80m equipado com um tapete rolante que leva os turistas até às profundezas do oceano, enquanto os tubarões nadam perigosamente perto!


Chegamos ao tradicional bairro piscatório de Barceloneta com as suas ruelas características, pequenas praças e velhos bares, que em tempos era povoado por pescadors e mariners, mas continua a parecer pertencer a outro mundo quando comparado com o vizinho Port Olímpic, repleto de enormes edifícios e alamedas. Uma das maiores atracções culturais é o Museu d'Història de Catalunya, instalado no Palau de Mar, um antigo armazém portuário, que explora a história da Catalunha desde a pré-história. São várias as atracções especiais, como um refúgio da Guerra Civil e um bar catalão dos naos de 1960, onde as crianças se poderão divertir com antigas mesas de matraquilhos.


Para terminar o dia, nada melhor que ir até ao Parc de la Barceloneta disfrutar do sol ou até mesmo à Playa Barceloneta.

sábado, março 13, 2010

Montjuïc

Hoje vamos descobrir outro dos parques desta cidade: Parc de Montjuïc.



Localizado no bairro de Sants, foi criado especialmente para a Exposição Internacional de 1929, altura em que se construíram o Palau Nacional e o moderno Pavelló Mies van der Rohe.

Com a sombra medonha do castelo, que durante anos serviu como prisão política, foi quase um milagre conseguir transformar Montjuïc numa das atracções turísticas mais atractivas de Barcelona.

Enquanto zona central das Olimpíadas de 1992, Montjuïc foi transformado num belo oásis verde, recebendo dois fabulosos museus de arte e instalações desportivas. Todos os edifícios estão interligados por uma rede de escadas rolantes e calmos jardins que oferecem esplêndidas vistas sobre Barcelona. É um dos locais mais aprazíveis para descansar do bulício da cidade!

Primeira paragem: Fundación Joan Miró. Este soberbo tributo a um homem cujo legado como artista e catalão é visível por toda a cidade foi fundado em 1975 e instalado num edifício concebido pelo seu amigo arquitecto Josep Lluís Sert. A colecção Miró, que contém mais de 11000 pinturas, estudos e esculturas do artista, foi recentemente aumentada com 25 obras.

Depois deste passeio pela arte contemporânea, subimos no teleférico ao Castell de Montjuïc, cuja construção foi iniciada em 1640. Com o tempo, este transformou-se num símbolo de terror, pois funcionou como prisão e centro de tortura para presos políticos. Hoje é o Museo del Cómic y la Ilustración, sobre a história da banda desenhada espanhola. As vistas sobre o porto e a cidade são fantásticas e os jardins encantadores!


Seguimos para o Palau Nacional, de estilo neobarroco, que alberga o Museu Nacional d'Art de Catalunya. O MNAC, que expões colecções de arte histórica catalã, é considerado um dos melhores do mundo em arte românica, com galerias de frescos do séc. XII provenientes de igrejas dos Pirenéus.



Próxima paragem: Estadi Olímpic. Foi construído para as Olimpíadas Operárias de 1936, que foram canceladas com a deflagação da Guerra Civil Espanhola. Ainda se vê a fachada original, embora tenha sido reconstruído para os Jogos Olímpicos de 1992. A Galeria Olímpica guarda recordações dos jogos de Barcelona e é aqui que está sediada a equipa de futebol Espanyol.


Mas o Palau Sant Jordi, com a sua cúpula prateada, ofusca todas as outras estruturas. Este estádio coberto de aço e vidro é a vedeta das instalações olímpicas, tendo sido projectado pelo arquitecto japonês Arata Isozaki. Com capacidade para cerca de 17000 pessoas, é a sede da equipa de basquetebol de Barcelona. Perto, em Bernat Picornell, refresque-se com um mergulho nas piscinas olímpicas, abertas ao público. Também pode usufruir da esplanada, uma floresta surrealista de cimento e colunas metálicas, que foi criada por Aiko Isozaki, mulher de Arata.


Daqui seguimos para o Poble Espanyol. Este poble (aldeia) espanhol é uma reconstituição em miniatura de vários edifícios e ruas famosos de toda a Espanha. Embora um pouco desleixada, a aldeia acabou por se tornar um centro de artes e ofícios, incluindo uma oficina de produção vidreira. Tem muitos restaurantes, cafés e alguns clubes nocturnos bastante frequentados.


Por fim, não deixe de terminar esta viagem sem passar pela Font Màgica e disfrutar dum momento verdadeiramente mágico!

Na base das cascatas e fontes que descem do Palau Nacional vê-se a Fonte Mágica, concebida por Carles Buigas para a Exposição Internacional de 1929.

Quando começa a escurecer, os inúmeros jactos de água transformam-se num espectáculo de luz, som e movimento. Quando a água forma um único jacto, chega a elevar-se aos 15m de altura.

O extravagante final é muitas vezes acompanhado por uma gravação de Freddie Mercury e Montserrat Caballé cantando Barcelona, enquanto a fonte passa do cor-de-rosa ao verde, ao branco, antes de silenciosa e graciosamente desaparecer na escuridão. É caso para dizer: uma imagem vale mais que mil palavras! Don't leave Barcelona without seeing it!