domingo, abril 18, 2010

Palau de la Música Catalana

O movimento modernista de Barcelona atingiu o auge com esta magnífica sala de concertos (1905-1908), criação do famoso arquitecto Lluís Domènech i Montaner. A fachada trabalhada, cercada de colunas com mosaicos e arcos de tijolo, sugere o que nos espera no interior. O "jardim da música", como Domènech lhe chamava, estende-se para lá das portas da frente, com cada superfície do foyer decorada com motivos florais. A sala de concertos é um hino à luz e às formas naturais, com vitrais e clarabóias iluminadas pela luz solar.

São muitos os aspectos a salientar...

Tecto de Vitrais: coroando a sala de concertos, há uma enorme abóbada invertida de vitrais, rodeada por 40 anjos. Durante o dia, a luz atravessa os vitrais vermelhos e alaranjados, inundado a sala de luz.

Palco: o palco principal é um foco de actividade - mesmo sem espectáculo. Dezoito musas de mosaico e argila saltam do fundo a tocar harpa e castanholas.

Vitrais das Janelas: para marcar uma fronteira pouco definida entre o interior e o exterior, Domènech envolveu a sala de concertos com janelas de magníficos vitrais por onde entra a luz do Sol.

Fachada: a alta fachada revela múltiplas jóias modernistas. Um dos mosaicos representa a sociedade coral do Orfeó Catalá, fundada em 1891.

Bustos: um busto do compositor catalão Anselm Clavé atesta a ligação do Palau à música catalã. Do lado oposto da sala há um outro busto de Beethoven, que representa o repertório clássico e internacional da instituição.

Esculturas Equestres: do tecto precipitam-se cavalos alados (do arquitecto Eusebi Arnau), imprimindo movimento e vida à sala de concertos. Também se pode ver o carro das Valquírias, puxado por cavalos que saltam em direcção ao palco.

Sala de Música de Câmara: concebida como espaço para ensaios, esta sala é uma versão reduzida da ampla sala de concertos situada no andar superior. Ao centro, tem uma pedra comemorativa da construção do Palau.


Sala de Lluís Millet: baptizado com o nome do compositor catalão Lluís Millet, este salão exibe belos vitrais nas janelas. Na principal varanda exterior há séries de colunas revestidas de mosaicos.

Foyer e Bar: os arquitectos modernistas apreciavam cerâmica, pedra, madeira, mármore e vidro, materiais que Domènech utilizou amplamente nestas duas salas.

Estas são as maiores atracções deste "jardim da música" que, por ano, recebe mais de 300 concertos e bailados. Qualquer um deles é uma experiência a não perder!

domingo, abril 11, 2010

Barcelona em festa!


Vitória do Barça sobre o Real Madrid por 2 a 0, no Estádio Santiago Bernabéu, coloca a equipa catalã em vantagem no campeonato espanhol.
O número 10 continua a brilhar!

sexta-feira, abril 02, 2010

Gràcia & Tibidabo

A viagem de hoje vai levar-nos a explorar a vasta zona norte da cidade: Gràcia e Tibidado.


Desde os bairros abastados de Pedralbes e Tibidabo até à boémia Gràcia, toda esta zona proporciona excelentes vistas sobre a cidade e as suas principais atracções.
No entanto, o que realmente distingue esta zona do resto da cidade são os seus 15 parques, de entre os quais se destacam o soberbo Parc Güell (falado anteriormente no roteiro Gaudí) e o colossal Parc de Collserola, sobre o monte Tibidabo.
Gràcia destaca-se como a zona mais cosmopolita da cidade. Com tradições de activismo político e uma comunidade cigana, atrai muitos artistas e escritores para o seu labirinto de ruas, onde abundam lojas, bares e praças fervilhantes de vida nocturna.

A primeira paragem é dedicada aos fãs de futebol: Camp Nou Stadium, com capacidade para 120.000 espectadores. O Museu del FC Barcelona, o mais visitado da cidade, é um ponto de paragem obrigatório para os amantes deste desporto. Com recordações futebolísticas de toda a espécie, é um excelente manancial de informações sobre a história do clube. Também são expostas obra oferecidas por alguns dos melhores artistas da Catalunha.

Seguimos para o bairro de Pedralbes, com paragem no Palau Reial de Pedralbes, a antiga residência principal do conde Eusebi Güell. Foi doado à família real espanhola em 1919 e está aberto ao público desde 1937. Actualmente, este majestoso palácio abriga o Museu de Ceràmica e o Museu de les Arts Decoratives. O primeiro exibe uma bela colecção de cerâmicas catalãs e mouriscas, incluindo algumas obras de Miró e Picasso; o segundo tem mobiliário de várias épocas e artesanato que abrange desde a Idade Média até ao presente. Nos magníficos jardins pode ainda admirar-se uma fonte de Gaudí.

Ainda no bairro, um pouco mais a norte, encontramos o Monestir de Pedralbes. O nome deste mosteiro deriva do latim petras albas, que significa "pedras brancas". Construído em estilo gótico, foi fundado pela rainha Elisenda de Montcada de Piños nos inícios do século XIV. O túmulo desta, em alabastro, está na parede entre a igreja e o impressionante claustro gótico com três níveis. As cozinhas, as celas, a enfermaria e o refeitório, todos bem preservados dão-nos uma boa ideia da vida medieval.


Próxima paragem: Tibidabo, umas das zonas mais bonitas para apreciar a cidade de Barcelona!


Dos principais pontos turísticos, destacam-se a Torre de Collserola, da autoria do arquitecto Norman Foster, elevando-se a 560m acima do nível do mar, onde se pode subir ao miradouro num elevador panorâmico exterior. Nos dias mais claros podem ver-se Montserrat e os Pirenéus.


Outro dos pontos turísticos é o Parc d'Atracciones del Tibidabo. Para chegar ao cume do monte de Tibidabo (517m) e visitar o seu tradicional parque de diversões inaugurado em 1908, pode subir-se no centenário funicular. Embora haja estonteantes diversões radicais, as verdadeiras atracções são as mais antigas, como o bem conservado carrossel e a roda gigante. Também merece visita o Museu dels Autòmates, com autómatos, modelos mecânicos e um modelo do parque em escala reduzida.


E, claro, nao poderia deixar de mencionar a maravilhosa vista que este parque nos proporciona sobre a cidade de Barcelona, talvez mesmo umas das melhores zonas panorâmicas!